quarta-feira, 6 de abril de 2011

Biografia de Darwin

Charles Robert Darwin nasceu em Shrewsbury, na Grã-Bretanha em 1809 e faleceu em Kent em 1882. Oriundo de uma família ligada á ciência e á medicina. É o seu pai que lhe incute a Medicina. Ao perceber o seu desinteresse, o pai inscreve-o em Cambridge no curso de Teologia. Ao fim de três anos Darwin recebe uma proposta para fazer uma viagem á volta do mundo como naturalista no navio Beagle. Inicia esta viagem em 1831 que duraria cinco anos, esta decisão e escolha pessoal mudou o nosso conhecimento acerca do ser humano. As observações e a recolha de dados relativos á variedade de espécies animais e vegetais das ilhas do Pacífico, levaram-no á elaboração da teoria da evolução. Após vinte anos publica a obra A Origem das Espécies pela Selecção Natural. Esta obra causou admiração e importância equiparada ao princípio da gravidade de Newton, no núcleo dos cientistas progressistas, na igreja esta obra é contestada, Darwin separa Deus da Ciência.
Em 1871 publica A Descendência do Homem, onde afirma a sua descendência de um símio, antepassado comum ao homem e aos macacos, concluindo que todos os seres vivos são nossos primos.
 Darwin revolucionou o conhecimento e o pensamento acerca do Homem, com a sua teoria da evolução e a ideia de continuidade entre o mundo animal e o humano. Em 1872 publica outra obra A Expressão das Emoções nos Homens e nos Animais, onde compara e mostra as semelhanças entre humanos e animais quando expressam emoções como o medo, a raiva e o prazer. Segundo este pensador, a vida é um processo de adaptação permanente. Os organismos adaptam-se ao meio ambiente visando a sobrevivência. Como nascem demasiados indivíduos para os recursos alimentares existentes, há uma luta pela sobrevivência quer entre indivíduos da mesma espécie quer de diferentes espécies.
Darwin percebeu, antes da existência da genética, que as características dos progenitores eram transmitidas às gerações seguintes, algumas características ao sofrerem mutação, alteravam-se surgindo novas, a sua permanência ou extinção dependia da sua capacidade de adaptação. Se num meio os indivíduos com certas características têm mais sucesso na procura do alimento, na reprodução e sobrevivência então nesse meio os seus genes serão mais comuns do que outros indivíduos com características menos adaptativas, que morrem antes de conseguirem reproduzir-se. Assim o princípio da selecção natural é o mecanismo mais importante da evolução dos seres vivos. Na luta pela existência é a própria natureza que escolhe os melhores.
A selecção natural e o mecanismo geral da evolução operam mudanças progressivas nas espécies de uma forma permanente e universal. A evolução é mecanicista, os organismos aperfeiçoam-se relacionando as condições físicas e ambientais. Compreendemos o contributo de Darwin para a biologia, também a psicologia é indubitavelmente influenciada ora vejamos algumas ideias: A ideia de continuidade evolutiva dos seres vivos – o Homem é produto da evolução, o estudo do comportamento animal levou à compreensão do comportamento humano. Ênfase no funcionamento da mente – é mais importante perceber como funciona a mente e a consciência do que analisar o seu conteúdo. Foco nas diferenças individuais – ao mostrar as variações entre os membros da mesma espécie, também desperta a atenção para a diversidade entre as pessoas. Ampliação das metodologias de investigação – utilizou a observação naturalista na observação do comportamento emotivo de doentes mentais, utilizou as observações antropológicas dos exploradores em sociedades tribais, e observou os seus próprios filhos.
Podemos afirmar que Darwin transformou radicalmente a concepção do Homem e conduziu a Psicologia a uma nova mentalidade acerca da infância. Observando e estudando a criança contribui para a compreensão e explicação da origem de certas características psicológicas nos adultos.
Bibliografia e Webgrafia:
Matta, I. (2001). Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem. Lisboa: Universidade Aberta.
Paiva Campos, B. (1990). Psicologia do Desenvolvimento e Educação de Jovens. Lisboa: Universidade Aberta.
Tavares et al. (2007). Manual de Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem. Porto: Porto Editora

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